A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) colocará em prática uma ação para combater o vírus mais temido do inverno: o influenza. Coordenada pelo Ministério da Saúde, iniciou sábado, dia 26, a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe. A meta para este ano é imunizar 80% da população acima dos 60 anos contra sintomas como febre e dores de cabeça, de garganta e pelo corpo. No Rio Grande do Sul, são 1.350.301 pessoas desta faixa etária. De acordo com o Centro Estadual de Vigilância em Saúde, da Secretaria da Saúde, o objetivo é imunizar 1.080.241 idosos contra a gripe.
De acordo com a enfermeira Daniela Zanotti Szulcsewski, é importante que as pessoas não deixem para fazer a aplicação na última hora. “A vacina leva 30 dias para fazer efeito. Aplicamos no outono para que a população esteja protegida no inverno”, argumenta. E quem foi imunizado em 2007, deve repetir a dose. Isso porque o influenza está em constante mutação. De um ano para o outro, o medicamento para o combate à gripe é atualizado de acordo com as propriedades do vírus. A vacina é voltada aos idosos porque apresentam maior risco de adoecer e até falecer em decorrência de patologias imunopreveníveis, como a gripe e a pneumonia.
Conforme Daniela, há diversos mitos em relação à medicação. Um deles é o de que a própria vacina é responsável pelo aparecimento da doença. “O que acontece, na verdade, é que a pessoa pode estar com o vírus no organismo antes de tomar a dose. Nesse caso, ela pode mesmo ficar gripada”, explica. O medicamento também diminui o risco de agravamento de complicações pulmonares, do coração e outras enfermidades crônicas.
A aposentada Marina Constância Soares, 80 anos, faz questão de receber a dose anualmente. “Amanhã mesmo já vou a um posto de saúde para fazer a vacina. Ela sempre adiantou pra mim”, garante. As únicas contra-indicações do medicamento são em relação a pessoas que apresentam alergia a ovo de galinha ou que já desenvolveram a Síndrome de Guilian-Baré.